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terça-feira, 23 de abril de 2013

Os Outros



Hoje me veio em mente um filme: “Os outros” (The Others). Suspense de 2001 ambientado em um mundo bélico e sombrio. Uma mãe se muda com os filhos para uma mansão isolada. Hábitos doentios são criados. Portas (que não são as da percepção) não são abertas. A luz do sol se torna uma ameaça. 

Voltando para o nosso também ficcional mundo, permito-me lançar a pergunta: quem seriam, de fato, Os Outros?

Os Outros são aqueles que julgamos. São os amores platônicos que idealizamos. Os Outros não somos nós. Não são pluralizados. Não são conjugados: são julgados “in absentia” como traduz o termo latino (usualmente empregado com jurisprudência). Os Outros são representações que criamos mentalmente. São o nosso "desconhecimento".

Mas continuo a indagar quem seriam Os Outros. Será que um dia os conheceremos? Seriam Os Outros a personificação de mentiras que nos cegam? No supracitado filme, Os Outros eram mortos que ainda viviam. No mundo real, Os Outros são aqueles que excluímos com a pretensa ilusão de uma objetiva proteção. Os Outros são o que não podemos ser. Os Outros são aqueles que não temem a ausência.

 Como já foi dito por Sartre, "O inferno são os outros".

terça-feira, 9 de abril de 2013

Insight





Fechou a porta e sentiu a presença de um vulto. Aproveitou o momento para arriscar uma intimidade. Ao tocar o vazio, viu que o vulto não era um outro. Era o mesmo que outrora fora chamado de reflexo. Apagou a luz. Dormiu uniformemente.


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry