Pela passarela passou sozinha. Não era uma top model; apenas
dirigia-se para a estação do metrô. Por alguns segundos, teve a companhia de
uma chuva suave. Essa tocou o seu rosto delicadamente (melhor do que muitos
homens o haviam tocado). Girou a sua sombrinha para deixar cair as pequenas gotas daquela amistosa chuva que, naquela altura, já havia partido. De repente, vislumbrou um céu indeciso
que se abria na Via Expressa. Parou. Fotografou. Partiu. O restante do caminho o trem urbano já conhecia.