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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Uma lápide nonsense


A palavra “dor” é injusta. O que é injusto dói. O que é, as vezes, não é. Existem “as vezes” que duram para sempre. E outros que duram para o nunca. “Nunca te vi, sempre te amei” é o nome de um filme. Eu assisti. Nossa vida cabe num filme? Há coisas que não cabem numa vida. Há vidas que não tem cabimento. Há lágrimas que não tem caimento. Desculpe pela rima. Parece uma sina, mas isto não é um poema. “Por quem os sinos dobram” é uma passagem de uma meditação de um poeta metafísico. Virou um livro, o prefácio desse livro e duas canções. Também virou outras coisas que desconheço. A dor escrita e musicada se torna universal? Por mais que os sinos dobrem não saberei se é mesmo por mim. Hora marcada? Fuso-horário? Desperta(dor)? Ainda haverá o reino de Hades? Há de se descobrir. Mas e o sentido de tudo isso? O sentido é de quem sentiu. Assim a dor se faz sentido. Se faz sentida. A dor não recebe justa causa. Mas se disfarça como veste de uma causa justa.


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry