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sábado, 7 de janeiro de 2012

Os absurdos que significamos


O que sentimos, fazemos de forma tão primária
que tentamos encaixar em palavras.
Como se essas preenchessem os vazios que temos em nós.
Como se essas exorcizassem os demônios que nos habitam.
Como se essas pudessem expressar o que não dominamos e
nem, tampouco, entendemos.
Apenas sentimos.
As palavras põem o mundo em nós, e nos põem no mundo.
Não sei se a troca é justa.
Há dias em que o mundo entra em transe e nos deixa de lado.
Há também palavras que se maquiam, transformam-se em outras palavras.
Camuflam-se.
Mais enigmática do que a palavra amor, só a palavra saudade:
bruta como ela só, não há tradução que a lapide.

Um comentário:

Anônimo disse...

Maravilhosa a forma como você descreveu o que só pode ser sentido.
Renata Lair.


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry