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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Para Joana


E de repente, no fim de um dia cansativo, ainda arrumo fôlego para relembrar a minha infância. Sigo a lógica cronológica e me vejo adolescente (aborrecida e aborrecente), num salto do tempo vejo-me adulta. Vejo-nos. Quando fico triste (mania que não perco) lembro-me de você, e de tudo que compartilhamos. Lembro-me das nossas alegrias, das nossas irreparáveis perdas e dos nossos choros abraçados. Lembro-me também dos nossos corações partidos. Acho melhor esquecer. Não preciso entrar em detalhes; você é íntima da minha fala. Na verdade, na minha voz há a sua voz, as minhas mais profundas lembranças também são as suas. Há quem nos conheça de verdade, há quem não nos conheça nem um pouco, mas, no final das contas, o importante é que nós duas nos conhecemos; reconhecemo-nos. Fazemos do plural um lindo singular. Alguns amigos se vão, outros reencontram o caminho e voltam e alguns simplesmente ficam. Esses últimos, são os que acabam se tornando parte de nós. Saudosismos e filosofias à parte, te amo!

Um comentário:

Joana disse...

Sou abençoada por ter uma amiga tão extraordinária, te amo muito! Sempre!


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry