segunda-feira, 4 de junho de 2012
Observa(dor)
Eu vislumbro os movimentos dela.
Enquadro-os em minha janela.
Através das lentes em meus olhos
palpitam os meus impulsos.
Embaço-me com lágrimas
quase secas.
Sinto a solidão.
Forjo a minha escuridão.
Confidencio-me com as cortinas.
Anestesio as minhas retinas.
Clamo pelo meu sono.
Deito nele o meu abandono.
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"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"
Antoine de Saint-Exupéry
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