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terça-feira, 10 de abril de 2012

Desencanto



Puseste-me em um altar.
Reneguei o posto.
Pintei o meu rosto.
Dei-lhe o meu pecar.
Não há penitência.
Não há pertinência.
O inferno na terra é o amar.

Um comentário:

Bruno espartano 23 disse...

Isso que é uma verdadeira Drummondiana rsrsrs

Belo e apaixonado poema, Mariza!!!

Bruno


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry