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domingo, 26 de maio de 2013

Versus


Moldou a dor sob a forma de um poema.
Fez belas rimas.
Fugiu do tema.


2 comentários:

Bruno espartano 23 disse...

Ave, júpiter!!!

Nem preciso comentar o que eu achei da imagem, não é? rsrsrs

Mas o conjunto da imagem e o seu poema me fez lembrar um trecho da obra Dom Casmurro (um dos mais líricos que eu já li):

Capítulo 32 – Olhos de Ressaca

(...)
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de
ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos
gastamos naquele jogo? Só os relógios do Céu terão marcado esse tempo infinito e breve.

Abraços e continue postando!!!

Ass.: Filho de Esparta

Mariza Lacerda disse...

Eu adoro esse trecho, é muito foda! Um abraço.


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry