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sábado, 24 de agosto de 2013

A palavra que habito


Eu escrevo um poema e peço que ele me ampare.
Peço que ele me suporte.
Peço que seja meu par.
Peço que me leve.
Peço
que
ele
me
leve.
Peço que me faça morrer no mundo.
Peço que ele me faça existir em forma de palavras.
Eu escrevo um poema e peço que ele me responda.
Peço que seja a parte arrancada do meu coração.


2 comentários:

Bruno espartano 23 disse...

Ave, Júpiter!!!
Encarnando a característica da poesia de “desenhar no papel”, hein?
Gostei desse movimento feito a partir da palavra/forma de se desconstruir (quando os versos vão se esvaindo da página) até a sua (re)construção – ou não – no momento em que, através da palavra, os versos vão ganhando mais fôlego, quase como um fio de esperança, ou, no mínimo, uma vontade de continuar e continuar encarnada na figura do próprio Eu poético (como sugerido pelo título)... Não sei se interpretei corretamente...
Abração, parabéns pela grande evolução e maturidade da sua escrita, e continue postando...
Ass.: Filho de Esparta

Mariza Lacerda disse...

Valeu, querido! Acredita que só observei o desenho depois que ele já estava praticamente formado? Fui surpreendida pela minha própria escrita.Neste dia ela quis me dar a mão. Um abração!


"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry