Eu escrevo
um poema e peço que ele me ampare.
Peço que
ele me suporte.
Peço que seja meu par.
Peço que me
leve.
Peço
que
ele
me
leve.
Peço que me faça morrer no mundo.
Peço que ele me faça existir em forma de palavras.
Eu escrevo
um poema e peço que ele me responda.
Peço que seja a parte arrancada do meu coração.
2 comentários:
Ave, Júpiter!!!
Encarnando a característica da poesia de “desenhar no papel”, hein?
Gostei desse movimento feito a partir da palavra/forma de se desconstruir (quando os versos vão se esvaindo da página) até a sua (re)construção – ou não – no momento em que, através da palavra, os versos vão ganhando mais fôlego, quase como um fio de esperança, ou, no mínimo, uma vontade de continuar e continuar encarnada na figura do próprio Eu poético (como sugerido pelo título)... Não sei se interpretei corretamente...
Abração, parabéns pela grande evolução e maturidade da sua escrita, e continue postando...
Ass.: Filho de Esparta
Valeu, querido! Acredita que só observei o desenho depois que ele já estava praticamente formado? Fui surpreendida pela minha própria escrita.Neste dia ela quis me dar a mão. Um abração!
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