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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Esboço de uma reflexão


Esta semana teimei com uma palavra: incondicional. Tentei desmembrá-la ao pensar na sua formação morfológica (não tive muitas pistas). Depois cismei de associá-la a um sentimento que sempre segue o seu rastro: o amor. Senti-me previsível, até me veio em mente a possibilidade de versar sobre mais do mesmo. Não me contive e continuei a pensar sobre tal palavra. O foda foi que não consegui esquecer da palavra amor. Parecia um sinônimo. Então resolvi não separá-las pois percebi que ambas, de fato, costumam dar-se as mãos. Esqueci-me de dizer que recorri ao dicionário buscando algum sentido figurado (e talvez mais bonito) da palavra “incondicional”, não o encontrei. O que restou foi o óbvio; apenas relembrei-me que o que é incondicional não depende de condições. Encucada, refleti sobre o que seriam as tais “condições” e de novo tropecei na palavra amor. O amor simplesmente acontece, nos atropela, não se restringe e nos faz sentir um misto de alegria e dor, prazer e sofrimento (isso depende do tipo de amor, é claro). Não há condição capaz de proteger nosso peito, de nos fazer recuar perante até mesmo o que não é possível. Quando amamos, às vezes até mesmo a dor se torna flexível. A razão se transporta não sei pra onde. E aquele palpitar forte no peito nos aflige incondicionalmente...

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"Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe. O que existe em mim não há palavra que o diga"

Antoine de Saint-Exupéry